terça-feira, 8 de abril de 2014

Solidão branca


São involuntários.
Todos eles.
O que sinto e o que não quero sentir.
Não queria sentir o que é pequeno.
Queria estar ausente de sentimentos.
Ausente de sentimentos e desejos inatingíveis.
Convencer a mim mesmo de algo que eu sei que está errado.
Convencer-me que não preciso dos sentimentos bons contaminados pela dor e ódio, raiva e inveja.
Que posso viver no meu mundo frio e solitário.
Que posso despir-me de todo preconceito, padrão e concepção.
Que não preciso de absolutamente ninguém para ser feliz.
Mas, inevitavelmente, sou dependente de tudo isso.
Dos sorrisos, dos olhares, lágrimas e calor.
Da vontade de alguém em querer ter-me por perto.
Por isso, é difícil encarar o abandono.
O não lembrar.
O esquecimento.
Por sentir-me só, muitas vezes, onde pessoas exalavam o magnifico milagre da felicidade, sorrindo e desprezando aqueles ao seu redor.
Ainda sinto um nozinho na garganta, quando lembro das memórias puras de minha felicidade.
Esta tão volátil, efêmera e agora, preciosa.
Ainda consigo esboçar um sorriso tímido e acanhado quando contam algo engraçado, pois, tenho duas faces de um mesmo ser.
Por dentro rasgado e machucado.
Por fora aquilo que você vê e não o que sou totalmente.
Permanecerei aqui, como em um torpor, esperando meu despertar.
Estarei aqui, submersa no meu pensar.
Estarei aqui esperando acordar do meu sonhar. 

By: G. Ferreira

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